quinta-feira, 6 de junho de 2013

UHE Simplício finalmente entra em operação comercial

São Paulo, 06 de Junho de 2013 - 17:30 Prevista para 2011, UHE Simplício finalmente entra em operação comercial Empreendimento foi construído por Furnas e enfrentou diversos desafios de engenhariaDa redação O sistema elétrico brasileiro recebeu um reforço para atender à crescente demanda do país por energia: a hidrelétrica de Simplício, construída por Furnas no rio Paraíba do Sul, na divisa dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, teve as obras concluídas e entrou em operação comercial, gerando energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Serão mais 305,7 MW de potencia, energia para 800 mil habitantes. É parte dos cerca de 6.000 MW que Furnas prevê disponibilizar até 2016 com a conclusão dos demais 20 empreendimentos de geração em construção pela empresa e parceiros (hidrelétricas e parques eólicos). O enchimento do reservatório principal e das estruturas do circuito hidráulico do complexo hidrelétrico foi realizado durante 30 dias, entre os meses de fevereiro e março. Em seguida, iniciou-se o comissionamento das unidades geradoras da Usina. Foram realizados os testes de sincronização, certificando-se que as funcionalidades, proteções e mecanismos automáticos das turbinas estavam em conformidade com os padrões do setor elétrico brasileiro. Desafios da obra Estratégico por sua proximidade aos grandes centros de consumo, a usina é uma obra desafiadora da engenharia brasileira. A busca pela redução das interferências ambientais levou a empresa a desenvolver uma nova alternativa para o projeto, considerando uma queda única, que manteve a viabilidade técnica e econômica do empreendimento e resultou na redução expressiva da área de inundação. Para evitar a inundação de uma extensa área urbana e de terras cultiváveis, o empreendimento conta com um conjunto de canais, túneis, diques e reservatórios que desviaram parte do rio e interligaram o complexo hidrelétrico. As águas do reservatório, localizado entre os municípios de Sapucaia (RJ) e Chiador (MG), são conduzidas pelo circuito hidráulico até a Usina de Simplício, em Além Paraíba (MG), num trajeto de 30 quilômetros. Graças a este circuito hidráulico, que aproveita o desnível de 115 metros existente no relevo local para garantir a potência instalada do empreendimento, o complexo apresenta uma relação entre área inundada e potência de apenas 0,05 km2/MW, uma das menores do mundo. Motorização de Anta O Aproveitamento Hidrelétrico de Simplício permite ainda a instalação de dois pequenos geradores, de 14 MW cada, na barragem de Anta, distrito de Sapucaia (RJ), para aproveitamento da vazão sanitária obrigatória no leito original do rio Paraíba do Sul, no trecho do desvio do circuito hidráulico. Grandes números Em implantação desde 2007, o empreendimento encontra-se com as obras civis concluídas, num investimento total de R$2,1 bilhões. Foram construídas uma barragem de concreto, uma casa de força, um vertedouro, 10 diques e 15 canais. Durante o pico das obras, foram gerados 4,8 mil empregos diretos. Em seus números, foram utilizados 250 mil m3 de concreto na construção da obra, suficientes para erguer oito Maracanãs. Já as 78 mil toneladas de aço empregadas correspondem a uma vez e meia a quantidade utilizada na Ponte Rio-Niterói. De escavação, foram 12,8 milhões de m3 em solo e 4,6 milhões de m3 em rocha. Linha de transmissão Concluída este ano, a LT Simplício-Rocha Leão, em 138 kV, será responsável por todo o escoamento da energia gerada pelo complexo hidrelétrico, interligando as subestações de Simplício, pertencente a Furnas, e de Rocha Leão, da Ampla. Com extensão aproximada de 120 quilômetros, a LT atravessa oito municípios, sendo um no estado de Minas Gerais e os outros sete no Rio de Janeiro. Considerando o relevo extremamente acidentado, o projeto da LT contou com mais de 30 vértices que possibilitaram grandes desvios das áreas de preservação, como também a passagem por vales e locais mais acessíveis ao transporte dos insumos para a montagem da linha. Foram projetadas estruturas metálicas com até 58 metros de altura para permitir a instalação dos cabos sobre a vegetação, viabilizar as travessias sobre linhas de transmissão existentes e vencer grandes vãos em desníveis acentuados. Fonte: Jornal da Energia

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